Detran esclarece detalhes sobre quantidade de álcool no pão de forma; entenda

Detran esclarece detalhes sobre quantidade de álcool no pão de forma; entenda

Recentemente, uma pesquisa realizada pela Proteste e um experimento do Detran-GO trouxeram à tona uma questão bastante incomum: o consumo de pão de forma poderia fazer com que motoristas falhassem no teste do bafômetro devido ao álcool presente no alimento. Esse assunto, além de curioso, desperta interesse público por envolver segurança no trânsito e normas alimentícias.

Como um simples Pão de Forma pode influenciar o teste do bafômetro?
No estudo “Tem álcool no seu pão de forma”, conduzido pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), foi revelado que após a ingestão de duas fatias de certos pães de forma, o teor alcoólico detectado poderia ser suficiente para reprovar um condutor no teste do bafômetro. Esta pesquisa utilizou marcas populares como Visconti e Pullman, observando resultados distintos entre elas.

A resposta das autoridades e reguladores
Em decorrência dos resultados surpreendentes do teste, que indicaram um índice de 0,12 mg/L de teor alcoólico para o pão da marca Visconti – acima da margem de erro considerada para estado de embriaguez (0,04 mg/L) – a Anvisa iniciou um processo de avaliação sobre as práticas das empresas produtoras de pães. Por outro lado, o pão da marca Pullman não apresentou teor alcoólico que interferisse no bafômetro.

O álcool nos alimentos e sua absorção pelo corpo
O Detran-GO, preocupado com a integridade dos testes de alcoolemia, explicou através de vídeo que o álcool presente em alimentos como o pão de forma não é absorvido pelos pulmões. Assim, após cerca de três minutos, o exame de bafômetro não seria capaz de detectar qualquer teor alcoólico proveniente do consumo deste tipo de alimento. Essa informação é vital para evitar falsos positivos que poderiam penalizar motoristas inocentes.

Posicionamento das empresas  envolvidas
A Pandurata Alimentos, que engloba as marcas Bauducco e Visconti, emitiu uma nota oficial destacando que segue rigorosas normas de segurança alimentar, respeitando as regulamentações vigentes, e que não há riscos para os consumidores derivados de seu processo produtivo. Por sua vez, a Abimapi, representante de diversas indústrias alimentícias, chamou atenção para falhas e inconsistências no estudo da Proteste, solicitando uma revisão metodológica.

Diante de tais descobertas, tanto consumidores quanto autoridades permanecem atentos às subsequentes investigações e medidas que serão adotadas para assegurar que os padrões de segurança alimentar e de trânsito não sejam comprometidos por questões tão inesperadas quanto essa interação entre pão de forma e o bafômetro.

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